O que nunca falta em campanha são números e gráficos para apoiar programas e sublinhar tendências e divergências. Ao tratamento que lhes é dado pela comunicação social voltarei mais tarde.
Gosto particularmente daqueles números que parecem inócuos e acabam por desvelar realidades desconhecidas. Se vos disser que as refeições escolares passaram a ser servidas em 94% das escolas (contra 30% em 2004), alguns dirão que bom, outros torcerão o nariz ante a memória viva do que sofreram em algumas cantinas e refeitórios escolares, outros dirão que o papel do Estado não é a nouvelle cuisine e outros ainda baixarão a cabeça com alguma vergonha.
Posto assim, este número pouco significará, tal como tantos outros que na verdade nos escondem realidades pouco palpáveis.
Quando uma amiga me contou que nalgumas escolas (de Portugal) se começaram a servir também jantares, para além dos almoços, para que os alunos não fossem para a cama sem comer, a escola pública ganhou todo um novo significado para mim.
Acabe-se com esta rede social ou rasguem-se só os menus?
Que disparate, o verdadeiro indicador do papel da escola na sociedade são as manifestações de professores, já me esquecia.
A escolha ainda é nossa.
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